A música do Haiti foi, durante
muito tempo, influenciada por vários estilos, desde Europa com a influência
francesa e espanhola, assim como de Cuba, pela fronteira com a República
Dominicana, além da África durante extenso período da escravidão.
A convivência entre dominicanos e
haitianos durante cinco séculos motivou uma autêntica interacção em quase todos
os aspectos sociais. No plano artístico e especificamente na música popular,
não seria diferente, a tal ponto de se tornar difícil aos especialistas saber,
com exactidão, onde e quando surge uma expressão musical no país.
Em 1936, o pesquisador Alan
Lomax, através de relatório, disse que o merengue, a dança popular da
sociedade, tem suas raízes na mistura de espanhóis e franceses. O jazz
americano é ouvido entre a população mais rica e que costuma viajar.
Ao longo dos anos 50, a música
haitiana passa por profunda renovação. Na época, o "Ensamble de Nemours
Jean Baptiste" era a banda mais famosa do país. Criada em Porto Príncipe,
adoptou o nome do seu fundador e grande compositor.
A influência cubana se fazia
notar pela "Orquestra Tropicana", criada nos anos 60' pelo cubano
Basil Copti. Na referida orquestra, curiosamente fundiam-se ritmos como o
"compás" e a "pachanga", autênticos ritmos cubanos.
A chegada dos anos 60 representa
um novo capítulo na longa história das influências musicais. As guitarras
eléctricas chegam ao Haiti e, com elas, o "rock" e os ritmos
emergentes não demoraram muito para deixar marcas, como o "twist" de
Chubby Checker. Outro estilo que, durante os 60', chega a dominar a música do
Haiti foi o "compás". Tal facto se deve, principalmente, à adesão dos
grupos musicais ao género e suas variantes, uma das quais conhecida como
"mini jazz.
Hoje vamos ouvir a Orquestra Tropicana a interpretar
"Superstition"
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