quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Datas que marcam a história de Cabo Verde


Desde Março de 1916 até 19 de Dezembro de 1916, o Porto Grande de São Vicente alojou uma Base Naval Britânica, que serviu para apoio e abastecimento à 9ª Esquadra de Cruzadores do Atlântico Sul, do Almirante Gordon Moore. A missão desta esquadra inglesa era o patrulhamento do Atlântico Sul, desde as Canárias até à Costa da América do Sul e Golfo da Guiné.

Entre os cruzadores que compunham a esquadra, encontrava-se o "HMS Suttlej", o "HMS Swiftsure", o "HMS Donegal", o "HMS High-Flyer", o "HMS Kent", e o "HMS Berwirk". Mais tarde o "HMS Suttlej" foi substituido pelo "HMS King Alfred". Esta esquadra também se encontravam vapores armados, com a função de cruzadores auxiliares, como o "HMS Marmora" e o "HMS Albermale Castle". 





Tropas do BI23 desembarcadas a 5 de Dezembro de 1916 para defesa do Porto Grande




 Encontravam-se sempre fundeados, pelo menos três cruzadores mais o navio almirante, que praticamente foi ali residente até 19 de Dezembro de 1916, data em que os últimos navios ingleses, os carvoeiros da esquadra, o navio-oficina e os cruzadores, "HMS King Alfred e "HMS Donegal",  saíram do Porto Grande em direcção à base militar naval de Freetown na África Ocidental Britânica, actual Serra Leoa.



 
Uma outra efeméride digna de registou teve lugar no dia 19 de Dezembro de 1974 quando foi assinado um acordo entre o PAIGC e Portugal, instaurando-se um governo de transição em Cabo Verde.

A vitoriosa Luta de Libertação Nacional conduzida pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), fundado por Amílcar Cabral a 19 de Setembro de 1956; a Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974, desencadeada pelo Movimento das Forças Armadas Portuguesas, visando a instauração da liberdade e da democracia em Portugal.

Estes dois factos estiveram na origem do Acordo para a Independência de Cabo Verde, assinado a 19 de Dezembro de 1974, em Lisboa, entre delegações do Governo português e do PAIGC. Nos termos desse acordo, além da constituição de um Governo de Transição para assegurar a administração do arquipélago até à proclamação da Independência, marcada para 5 de Julho do ano subsequente, ficou estabelecido que a emergência do novo Estado Independente na arena internacional deveria ocorrer mediante a expressão autêntica da vontade popular através da eleição por sufrágio directo, livre e secreto dos deputados à Assembleia Constituinte.

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