A pintora e escritora Leopoldina Barreto morreu na madrugada de sábado, 8 de Abril de 2007, na Suécia, onde vivia emigrada há mais de trinta anos. Natural da ilha de S. Nicolau, Barreto completaria, em Setembro próximo, 70 anos de idade.
Autodidacta, autora dos romances
«Monte Gordo» e «As vítimas do amor impossível», para além do livro
infanto-juvenil, «As aventuras do rei Titão», Leopoldina Barreto despertou para
a vida artística, primeiro, como pintora - a sua pintura situa-se entre o naiff
e o figurativismo impressionista - e depois como escritora. Os seus três livros
foram todos publicados em Cabo Verde, tendo «As aventuras do rei Titão» sido
contemplado com o prémio literatura infanto-juvenil da Associação dos
Escritores Cabo-Verdianos em 2003.
Serena e simpática, mãe de dois
filhos e avó de seis netos, Leopoldina Barreto e a família viviam há mais de 30
anos na Suécia. Depois de reformada, nos anos noventa, ela passou a repartir o
seu tempo entre a Suécia e Cabo Verde, mais concretamente a sua ilha natal de
S. Nicolau, tendo para o efeito construído a casa dos seus sonhos na localidade
de Preguiça.
Leopoldina
Barreto reconstruiu nas suas obras de ficção a sua vivência de S. Nicolau e da
emigração. «Ao ler o livro (Monte Gordo) tem-se a impressão que ela é uma
autobiografia de cada um de nós que já teve amores e desamores; viu sucessos e
insucessos; sofreu justiças e injustiças; emigrou e sentiu saudades; ganhou e
perdeu laços. Sem dramas de criação literária, Leopoldina Barreto escreve sobre
dramas da vida», lê-se no catálogo «Cabo Verde, 30 anos de edições», do IBNL,
publicado em 2005.
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